sexta-feira, 12 de junho de 2015

*Qual a história de Pênia e Poro na mitologia grega? Como essa história se relaciona com a Philosophia???


*Qual a história de Pênia e Poro na mitologia grega? Como essa história se relaciona com a Philosophia???

Adriana Araújo, Alessandro Silva, Cinthia Araújo, Jeckson Mafra, Jonas da Silva, Jussara Cardoso

Poro (abundância) é uma personificação da riqueza.
Pênia: era a personificação da pobreza.

Mito: 
A fim de comemorar o nascimento de afrodite, todo o Olimpo festeja e, ao final, quando todos estão embriagados, surge Pênia, uma figura muito magra, em trajes esfarrapados, mendigando os restos.
Deitado no jardim de Zeus, ela vê Poro, o filho da prudência, afastado de todos. Pênia buscava justamente obter algum recurso, decide então ter com ele um filho, EROS o deus do amor.
Por ter sido gerado no dia do nascimento da deusa da beleza, o amor ser-lhe-á o companheiro e terá características únicas: Nem mortal, nem imortal, pois surge e desaparece, filho que é da falta e da abundância-herança da mãe e do pai.

Relação com a Philosophia.
O personagem fruto desse amor aproveitador, vive num conflito em busca do seu ser e do seu ente, ao mesmo tempo que os dois são separados oriundos das qualidades dos seus pais, ele vive esse conflito. Através da relação entre Pênia e Poro, nasceu Eros. Apesar de ter herdado características de seus dois pais, características essas que não são harmoniosamente estáveis, pode-se considerar sua natureza feliz, pois ele é rico em recursos potenciais, não tem nada, mas pela consciência desse seu estado quer muito. Está em penúria, mas sabe de sua penúria; quer sair de si e aspira por saber, por beleza e fecundidade. Essa constante certeza e aspiração de mudança, torna Eros, filho de Pênia e Poro, um deus filósofo, pois ele representa bem a dualidade da vida e das situações das quais estamos cercados.
As características da natureza de Eros tem uma relação muito próxima com a filosofia porque é por estar no meio, entre a ignorância e o saber, que o amor é filósofo. Segundo a sábia Diotima de Mantineia, um Deus não filosofa, já que é ciente de que sabe (Simpósio, 204 b); o ignorante não filosofa, pois nem mesmo sabe que não sabe. Eros está consciente da carência e aspira, com todo o seu ser, preenchê-la. Parte à conquista do saber, e é essa busca ou conquista que alude à alegoria da caverna, depois do filósofo ter percorrido o caminho ascendente e descendente, pode-se chamar, então, a isso de filosofia. Por isso é que Sócrates se parece tanto com ele. Sócrates transfigura a imagem divina e humana de Eros e representa a encarnação viva da filosofia. Nele, a humanidade se reconhece indigente, ao mesmo tempo, em que vê nele também a possibilidade de contemplar o absoluto, ou seja, de ser como Eros, sempre em busca da verdade. Os extremos sabedoria e ignorância, personificados na figura de Poros e Penia, respectivamente, irão fortalecer ou fundamentar o propósito de Eros. Nesse sentido, pode-se dizer que Eros contempla o aspecto dos imortais e dos mortais através do valor que se dá à natureza da vida. O sentido dar-se-á na esfera finita ou, ainda, se manterá por toda a eternidade.



Bibliografia:
Dicionário Aurélio;

Enciclopédia Mitologia - Cap II: Divindades Primordiais - Eros.

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