Loris
Malaguzzi e a Reggio Emilia
Catarina
Gabriela de Andrade Alves, Fátima
Izabela Dantas Tavares, José
Alves de Lima Neto, Juliana
Marcela Dantas Matias, Kamila
Sayonara Barbosa da Silva, Lorena
da Silva Gomes, Paula
Cristina Costa, Suzane
Nayara Nascimento de Melo
Loris
Malaguzzi nasceu em 1920. A partir do final da segunda guerra mundial, nosso
“professor primário” vai cursar psicologia em Roma quando inicia em Villa Cella
aquela que será sua aventura em Reggio Emilia. Promotor de uma filosofia da
educação inovadora vai revolucionar o conceito de infância, denunciou os
preconceitos que existiam contra as crianças e a colocou-a como protagonista em
um mundo adultocêntrico. Loris Malaguzzi diferencia –se de outros pensadores
clássicos das pedagogias da infância, de um lado, por sua atuação na
administração pública (ele foi secretário de educação do município de Reggio
Emilia no norte da Itália) e, por ter uma escassa produção escrita sobre seus
inúmeros avanços conceituais na formulação de políticas, práticas pedagógicas e
formação de professores. Foi um pensador da educação das crianças pequenas de 0
a 6 anos, inaugurando na Itália a educação laica na primeira infância e a rede
na esfera municipal.
Como
gestor da Reggio Emilia teve lugar na politica italiana: travando uma luta por
creches com o movimento feminista e as três centrais sindicais. Em 1971, é
elaborada e sancionada a lei que garante o direito a creches. Com visão
Marxista, o comunista Malaguzzi partia do pressuposto de que a educação não é
neutra, pois ela tanto reproduz quanto transforma a realidade. Apaixonado pela
educação, desafiado a inovar constantemente, elaborou e coordenou a construção
de uma pedagogia singular, que não está nos livros e mesmo sem escrevê-la
academicamente documentou e divulgou-a. A documentação tornou-se metodologia
que sistematiza essa atividade humana. Para ele, a pedagogia é um motor para a
transformação política e a documentação favorece o seu confronto público.
A
partir de seu projeto cada cidade italiana vai articular a educação infantil
com os outros setores do tecido social, visando a melhoria das condições de
vida material e não material das crianças e dos adultos. Nessa pedagogia uma
das grandes novidades a ser destacada é o ateliê. Professores e crianças são
protagonistas. A criança se espalha por todo o mundo através de suas culturas
infantis, das manifestações de suas obras tridimensionais, dos desenhos
inventivos que mostram a tridimensionalidade do real, do imaginário, dos jogos
e dos movimentos que ocupam o espaço em tempos diferenciados do tempo do
capital. Não é uma escola de ensino obrigatória, é um espaço de criação das
culturas infantis em que o ateliê é o eixo da pedagogia. As competências das
crianças não são exploradas pelo mundo da arte, o que acontece é que a arte é o
meio utilizado para que, depois, se consiga transmitir outros conhecimentos à
criança.
REFERENCIA
FORMOSINHO, J.O., KISHIMOTO, T.M., PINAZZA, M.A. Pedagogia(s) da infância: Dialogando
com o passado construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário