sábado, 13 de junho de 2015

Martin Heidegger e Hannah Arendt

Martin Heidegger e Hannah Arendt
 Christina Bakker, Isabelle Quirino, Héricles Victor, Lavínia Shelley, Maria Vitória Ventura

Martin Heidegger foi um filósofo alemão com dilema existencialista, considerado um dos maiores filósofos do século XX. Estudou em Constança, de 1905 a 1906, e em Friburgo até 1909, onde se interessou pela leitura de Brentano e dos filósofos gregos. Em 1927, enquanto lecionava na Universidade de Marburgo, Prússia, publicou sua maior obra “Ser e Tempo”. Depois da estreia da obra, Heidegger foi considerado o maior nome da filosofia metafísica.

  Ao analisarmos a obra “Ser e Tempo”, o autor nos mostra que a essência do homem é completamente dependente de sua relação com o ser, e não de uma racionalidade. O homem apresenta racionalidade, entretanto, este elemento não define sua essência. Em sua filosofia, Heidegger volta sua pesquisa para o estudo do ser, buscando assim “por que existe o ser e não o nada?” e perguntando-se pelo ente, além desenvolve sua pesquisa através do homem, pois é o único ente que tem consciência do ser.

 Para Martin a principal questão da filosofia não é o homem, e sim o ser, em seu conjunto, tendo como objetivo principal de sua obra a investigação do sentido do ser, pois, para ele a pergunta dos filósofos clássicos “o que é o ser?” já é notório.

 Já Hannah Arendt foi uma grande filósofa da atualidade, entretanto, preferia ser chamada de cientista política. Desde pequena interessou-se pela filosofia, tendo contato com a obra de Kant em sua adolescência. Frequentou a Universidade de Marburg, onde se formou em Filosofia em Heidelberg.
 Por intermédio da Segunda Guerra Mundial, precisou fugir de Berlim – por ter origem judaica – e passou boa parte de sua vida nos Estados Unidos, onde desenvolveu sua carreira acadêmica, lecionando assim na Universidade de Chicago, American Academy of Arts and Letters, e na New School of Social Research.

  Em sua filosofia, Hannah Arendt acreditava que o poder politico era gerado pela ação em conjunto dos cidadãos, sendo assim, um poder dialógico e não violento, ao contrário do pensamento politico tradicional ocidental, que via o poder como forma de dominação. Outro fato dialogado em seu pensamento era a filosofia como algo acessível ao homem comum, fazendo-o retornar as atividades básicas do ser humano, como o pensar, o querer e o julgar. Decorrente dessas reflexões, Arendt ultrapassa o caráter especulativo de sua obra, evoluindo assim para questões concretas, como por exemplo, o motivo pelo qual o nazismo cometeu tantas atrocidades, e questionando as razões da banalidade. Para a filósofa, a política só começa quando as necessidades materiais e de força físicas acabam.

  Em suas análises sobre a Era Moderna, a filósofa afirma que, com a ascensão das ciências naturais houve um salto da fé, presente na Idade Média, para a dúvida, pois os sentidos humanos deixaram de ser confiáveis para que houvesse a descoberta da verdadeira natureza das coisas. Com isso, Hannah declara o desaparecimento da esfera pública nesse período.

   A relação entre Martin Heidegger e Hannah Arendt teve inicio quando a filósofa, ainda em formação, ingressou na Universidade de Marburg, e consequentemente, sendo aluna de Heidegger. Os dois, entretanto ultrapassaram o relacionamento aluno professor, tendo uma relação amorosa conturbada. Com o desenvolvimento do nazismo os dois migraram para lados opostos, Heidegger apoiando a ditadura e Hannah fugindo dela. Entretanto esse acontecimento não impediu que os dois continuassem dialogando posteriormente.

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