PAULO FREIRE
“Um homem, uma presença, uma experiência.”
Igor Rafael, Izabel Souza, Jéssica Karla, Jullyana Lucena, Marcos Diniz, Raíssa Luana, Rayane Cristina
Paulo Reglus Neves
Freire nasceu em 19 setembro de 1921 em Pernambuco. Foi educador, filósofo e se
formou em direito, apesar de nunca ter exercido. Foi casado com Elza Maria
Freire, efetivando seu catolicismo. Gostava de novelas, cachaça e cigarro de
palha. Morreu em 2 de maio de 1997. Foi militante do Partido dos Trabalhadores
(PT), e em 2012 Dilma sancionou uma lei, onde foi nomeado Patrono da Educação
Brasileira.
Mais que a criação de um método de
alfabetização de adultos, Freire formulou uma teoria do conhecimento e centrou
suas análises na relação entre “educação e vida”. Sendo fundador do Movimento
de Cultura Popular do Recife em 1961, defendia a Educação como ato político e
dialógico e à noção de ciência aberta às necessidades populares. Uma de suas
primeiras experiências, foi em Angicos/RN no ano de 1963, onde ensinou 300
adultos a ler e escrever em 45 dias sem cartilha. Segundo o seu livro A
pedagogia do Oprimido: “ As técnicas
do método de alfabetização de Paulo Freire – um mínimo de palavras, com a
máxima polivalência fonêmica, é o ponto de partida para a conquista do universo
vocabular. Essas palavras, oriundas do próprio universo vocabular do
alfabetizando, uma vez transfiguradas pela crítica, a ele retornam em ação
transformadora do mundo”.
Após a experiência
de sucesso no RN, começaram os esforços para multiplicar essas primeiras
experiências, num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores
em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os círculos de cultura) pelo
País. Meses após iniciar o Plano, veio o golpe militar e Freire foi encarcerado
como traidor por 70 dias na embaixada da Bolívia, de onde seguiu para o Chile
onde elaborou e aplicou seu método de alfabetização-conscientização, graças ao
qual muitos homens e mulheres aprenderam a ler. Andou pelos Estados Unidos,
esteve em Harvard e em Genebra, de onde pôde retornar graças a chamada
“abertura” democrática. Após esse tempo, escreveu uma de suas obras mais
famosas, “ Pedagogia do Oprimido’’ Segundo a sua visão, não existe educação
neutra, pois todo ato de educação é um ato político. O objetivo maior da
educação seria conscientizar o aluno, que significa em relação às parcelas
desfavorecidas da sociedade, leva-las a entender sua situação de oprimidas e
agir em favor da própria libertação.
Ao propor esses
objetivos, Freire condenava o ensino oferecido pela maioria das escolas, que
ele qualificou de educação bancária. Nesse tipo de educação, o professor age
como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. O saber é
visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Freire acreditava que
essa era uma escola alienante, mas não menos ideologizada da que a que ele
propunha. “Sua tônica fundamentalmente
reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a
criatividade’’. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procurava
acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção
de inquieta-los, ou seja, acreditava na educação pela sensibilização.
Freire acreditava
numa educação centrada no educando, visando sua realidade social e suas
necessidades, compreendendo e efetivando as relações de ensino-aprendizagem
estabelecidas em sala de aula.
Bibliografia:
FREIRE, Paulo, 1921
- Conscientização: teoria e prática da
libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire;
[tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite
Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.
VANNUCHI, Aldo; SANTOS,
Wladimir dos; FREIRE, Paulo. Paulo
Freire ao vivo. Ed. Loyola. São Paulo: 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Ed. Paz e Terra.
47ª Edição. Rio de Janeiro, 2005.
http://www.cafecolombo.com.br/2007/03/04/o-educador-e-homem-paulo-freire-2/ , acesso
em 25/05/2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário