sexta-feira, 12 de junho de 2015

PAULO FREIRE: “Um homem, uma presença, uma experiência.”

PAULO FREIRE
“Um homem, uma presença, uma experiência.”

Igor Rafael, Izabel Souza, Jéssica Karla, Jullyana Lucena, Marcos Diniz, Raíssa Luana, Rayane Cristina

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 setembro de 1921 em Pernambuco. Foi educador, filósofo e se formou em direito, apesar de nunca ter exercido. Foi casado com Elza Maria Freire, efetivando seu catolicismo. Gostava de novelas, cachaça e cigarro de palha. Morreu em 2 de maio de 1997. Foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT), e em 2012 Dilma sancionou uma lei, onde foi nomeado Patrono da Educação Brasileira.

 Mais que a criação de um método de alfabetização de adultos, Freire formulou uma teoria do conhecimento e centrou suas análises na relação entre “educação e vida”. Sendo fundador do Movimento de Cultura Popular do Recife em 1961, defendia a Educação como ato político e dialógico e à noção de ciência aberta às necessidades populares. Uma de suas primeiras experiências, foi em Angicos/RN no ano de 1963, onde ensinou 300 adultos a ler e escrever em 45 dias sem cartilha. Segundo o seu livro A pedagogia do Oprimido: “ As técnicas do método de alfabetização de Paulo Freire – um mínimo de palavras, com a máxima polivalência fonêmica, é o ponto de partida para a conquista do universo vocabular. Essas palavras, oriundas do próprio universo vocabular do alfabetizando, uma vez transfiguradas pela crítica, a ele retornam em ação transformadora do mundo”.

Após a experiência de sucesso no RN, começaram os esforços para multiplicar essas primeiras experiências, num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os círculos de cultura) pelo País. Meses após iniciar o Plano, veio o golpe militar e Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias na embaixada da Bolívia, de onde seguiu para o Chile onde elaborou e aplicou seu método de alfabetização-conscientização, graças ao qual muitos homens e mulheres aprenderam a ler. Andou pelos Estados Unidos, esteve em Harvard e em Genebra, de onde pôde retornar graças a chamada “abertura” democrática. Após esse tempo, escreveu uma de suas obras mais famosas, “ Pedagogia do Oprimido’’ Segundo a sua visão, não existe educação neutra, pois todo ato de educação é um ato político. O objetivo maior da educação seria conscientizar o aluno, que significa em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, leva-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação.

Ao propor esses objetivos, Freire condenava o ensino oferecido pela maioria das escolas, que ele qualificou de educação bancária. Nesse tipo de educação, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. O saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Freire acreditava que essa era uma escola alienante, mas não menos ideologizada da que a que ele propunha. “Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade’’. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procurava acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquieta-los, ou seja, acreditava na educação pela sensibilização.

Freire acreditava numa educação centrada no educando, visando sua realidade social e suas necessidades, compreendendo e efetivando as relações de ensino-aprendizagem estabelecidas em sala de aula.

Bibliografia:
FREIRE, Paulo, 1921 - Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.
VANNUCHI, Aldo; SANTOS, Wladimir dos; FREIRE, Paulo. Paulo Freire ao vivo. Ed. Loyola. São Paulo: 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Ed. Paz e Terra. 47ª Edição. Rio de Janeiro, 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário